Jader Barbalho - Senador Jader pede inclusão de vacina contra Dengue em campanhas de imunização

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Senador Jader pede inclusão de vacina contra Dengue em campanhas de imunização

Os casos de Dengue aumentaram em 44% em todo o país nos primeiros meses de 2023. É o que apontou o Ministério da Saúde, que montou um Centro de Operações de Emergências (COE Arboviroses), com o objetivo de elaborar estratégias de controle e redução de casos graves e óbitos. O alerta ocorre pelo aumento dos registros dessas doenças, como os casos de dengue, quando comparado ao mesmo período do ano passado, de Chikungunya, que teve aumento de 97%, e Zika (35,2%) quando comparados os dados ao mesmo período de 2022.

Além das ações preventivas para conter a incidência dessas doenças em todo o país, o senador Jader Barbalho (MDB-PA) defende a inclusão das vacinas contra a dengue nas campanhas de vacinação promovidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao tomar conhecimento do avanço dessas doenças no Brasil, o parlamentar paraense encaminhou ao gabinete da ministra da Saúde, Nísia Trindade, um ofício solicitando que a imunização seja realizada também como ação preventiva.

O senador lembrou que, em março deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro de uma nova vacina contra a doença, a Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, que deve ser aplicada em duas doses e protege contra os quatro tipos de dengue e pode ter eficácia de até 80% para prevenir casos leves e de até 95% contra hospitalizações e mortes.

“Essa mesma vacina já teve seu uso recomendado e aprovado pela União Europeia para a faixa etária de 4 a 60 anos. O aumento de casos acende um alerta em nosso país. Além de sensibilizar a população para ajudar a controlar o avanço da transmissão dessas doenças, é preciso também imunizar, uma vez que os casos de óbitos por dengue, a mais perigosa dessas doenças transmitidas pelo mesmo mosquito, também aumentaram no Brasil”, alerta o senador Jader.

O Ministério da Saúde informou que houve um salto nos casos de dengue, zika e chikungunya nos primeiros meses deste ano. As três doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. No ano passado, a dengue levou ao óbito 1.016 pessoas em todo o país, segundo boletim divulgado pelo Ministério. Esse número é o novo recorde anual de óbitos ocasionados pela dengue, superando o maior patamar anterior, de 986 mortes, registrado em 2015, e 316% acima de 2021.

“Com o aumento das chuvas em todo o país, é inevitável também o aumento do número de casos da doença. Solicitei à ministra da Saúde que não permita que a burocracia atrase a imunização da população, uma vez que é essencial dar aos brasileiros, principalmente aos que mais precisam, a chance de não morrer por uma doença para a qual existe vacina testada e aprovada”, reforça o senador.

No ano passado, o Brasil registrou 1.016 mortes por dengue, algo nunca visto desde a década de 1980, quando a doença “ressurgiu” no país e começou a ser mais frequente, com ciclos de maior e menor intensidade. No Pará, no mesmo período, foram registrados  6.719 possíveis casos de dengue.

Além da vacina Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, a Anvisa também aprovou a licença para o uso no Brasil da Dengvaxia, que é aplicada apenas em pessoas de 9 a 45 anos, e que já foram infectadas pela doença.  Fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, ela é aplicada em três doses.

VACINA BRASILEIRA

O Instituto Butantan também está desenvolvendo uma vacina contra a dengue: a Butantan-DV. Os trabalhos começaram há mais de 10 anos e, agora, entraram na reta final.

Nos ensaios clínicos de fase 3, o imunizante mostrou uma eficácia de 79,6% para evitar a doença. O estudo seguirá até todos os voluntários completarem cinco anos de acompanhamento, em 2024. A partir daí, o imunizante poderá ser submetido para aprovação da Anvisa.

 INCIDÊNCIA

Em 2022, entre janeiro e o início de março, foram notificados 209,9 mil casos prováveis de dengue. Em 2023, o número saltou para 301,8 mil, no mesmo intervalo de tempo, uma incidência de 141,5 casos por 100 mil habitantes.

Quanto aos casos graves, foram registrados 2,9 mil casos entre todas as notificações. Esse número apresentou redução quando comparado ao mesmo período do ano passado – cerca de 3,8 mil registros. Neste ano, até o momento, já foram notificados 73 óbitos pela doença. Outros 64 seguem em investigação. No mesmo período do ano passado, o total de óbitos confirmados foi de 172.