A Universidade Federal do Oeste do Pará quer implantar um Núcleo de Biotecnologia em Aquicultura com viveiros de produção de peixes, alojamento e laboratórios para incentivar a produção de organismos aquáticos em uma das regiões mais beneficiadas pela biodiversidade no planeta. A ideia é abrigar alunos e pesquisadores dos vários campi que integram a Ufopa para desenvolverem pesquisas e novas tecnologias para ampliar o setor da produção pesqueira, que representa hoje um dos maiores potenciais de desenvolvimento do Pará.
Na semana passada o senador Jader Barbalho (MDB) recebeu em Brasília o reitor da Ufopa, Hugo Alex Diniz, que apresentou a ele o projeto de construção de 16 viveiros, além da construção de novos laboratórios destinados a manter aulas práticas aos pesquisadores, acelerar a produção científica e ser uma ponte para a comunidade local ter acesso ao conhecimento produzido dentro da Universidade na área da aquicultura.
O reitor foi pedir apoio ao senador para a indicação de emendas parlamentares que ajudem na implantação do novo projeto. Poucas pessoas sabem mas, nos últimos anos, com a crise financeira que as universidades públicas vêm enfrentando, são os deputados e senadores que estão ajudando as instituições de ensino superior de seus estados a fazerem investimentos em novos projetos e em construções e ampliações de laboratórios e cursos.
“Esta é mais uma proposta que a bancada do Pará certamente vai apoiar. De minha parte reforço meu apoio às instituições públicas de ensino. As universidades são estratégicas para o desenvolvimento do país por serem indutoras de trabalhos científicos, tecnológicos e de inovação, instrumentos eficazes para superação das desigualdades regionais”, lembra o senador.
Jader Barbalho ressaltou o fato de o Pará ter no Congresso Nacional parlamentares comprometidos com a educação “e por isso unimos esforços para destinar recursos do Orçamento Geral da União por meio de emenda de bancada, para as universidades paraenses”.
O senador lembra que o clima tropical favorável, a grande reserva de água doce disponível para abastecer os tanques, a enorme quantidade de terras acessíveis para construção e a alta demanda do pescado no mercado, são fatores que alavancam a piscicultura na região Norte.
De acordo com o Anuário da Piscicultura Brasileira – edição 2019, o Brasil produziu 722.560 mil toneladas de peixes de cultivo em 2018. Esse resultado é 4,5% superior ao de 2017 (691.700 t).
Rondônia, Roraima e Pará (região Norte), Mato Grosso (região Centro-Oeste) e Maranhão (região Nordeste) são os maiores produtores de peixes nativos do Brasil, de acordo com a publicação. As espécies nativas mais produzidas são: tambaqui, pirapitinga, pacu e seus híbridos, principalmente tambatinga.
Os cinco estados, juntos, representam 69,3% da produção total de peixes nativos, lembrando que estas espécies estão mais disseminadas pelo Brasil – especialmente pelas regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste.
“Apoiar esse projeto da Universidade Federal do Oeste do Pará é ajudar a incentivar a nossa produção e a forte vocação do Estado para a produção do pescado. É garantir emprego e renda para milhares de pessoas que vivem desse ofício tao importante para nossa economia”, reforçou o senador.
Além do projeto da aquicultura, o reitor Hugo Diniz também solicitou apoio para a instalação de um sistema de captação de energia solar para o Restaurante Universitário que está em fase de construção no campus Tapajós e é parte integrante do programa de assistência ao estudante da Ufopa. A unidade terá capacidade para atender a 2.784 usuários. A intenção, de acordo com o reitor, é reduzir os custos com o valor da conta de energia, que consome grande parte da verba de custeio.
O senador Jader informou que esse projeto também será levado para avaliação da bancada federal do Pará durante as discussões sobre a destinação das emendas de bancada.