Com 57 votos, o Senado Federal elegeu ontem, 01, o mineiro Rodrigo Pacheco, do DEM, para comandar a Casa Legislativa nos próximos 2 anos. Com o apoio de 10 partidos, Pacheco derrotou Simone Tebet, do Mato Grosso do Sul, que obteve 21 votos. Outros três candidatos desistiram da candidatura. O novo presidente do Congresso Nacional pregou a “pacificação das nossas relações políticas e institucionais”, no pronunciamento que fez antes da abertura da votação e frisou que “é isso que a sociedade brasileira espera de nós”.
Logo após registrar seu voto e tomar conhecimento do resultado da votação, o senador Jader Barbalho (MDB-PA) elogiou a postura do mineiro, acentuando que, com a eleição do novo presidente, o Senado Federal deve continuar a cumprir com seu dever mediante a sociedade brasileira. “Esta é a casa da Federação, somos três representantes por Estado, independentemente do tamanho da unidade federativa que representamos. Temos a enorme responsabilidade para com a população de nossos estados, municípios e com a população brasileira de uma forma geral”, ressaltou o senador paraense.
“O momento é desafiador com todas as consequências que a pandemia trouxe para o Brasil e para o mundo, tanto do ponto de vista social quanto econômico, além, claro da comoção com a perda de mais de 215 mil brasileiros. Esperamos que, unidos, possamos enfrentar esse desafio, e que o Senado esteja à altura da nossa sociedade”, completou o Jader Barbalho.
Para o senador, o Congresso Nacional deverá manter seu papel na defesa dos interesses da população brasileira. “Em particular vamos manter a defesa incansável dos interesses do nosso Pará, que tem dado enorme contribuição ao país em um momento de fragilidade da economia, ao fechar 2020 com saldo positivo na balança comercial brasileira” lembrou o senador. Jader destacou o empenho do governador Helder Barbalho, que atua para incrementar a infraestrutura paraense, “com o objetivo de gerar empregos e promover o desenvolvimento com justiça social”.
Jader também ressaltou os desafios que o novo presidente terá ao longo de 2021 e 2022. Entre esses desafios ele destaca a busca pela independência do Senado; a análise das reformas tributária e administrativa; e o empenho em colocar em votação e trabalhar pela aprovação de medidas de enfrentamento à pandemia da Covid-19, como a assistência financeira a famílias atingidas pelos reflexos do coronavírus na economia.
Rodrigo Pacheco tem 44 anos e nasceu em Porto Velho (RO), mas se mudou na infância para Minas Gerais, onde se formou em Direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG). É advogado criminalista e ocupou cargos de destaque na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Em 2014, foi eleito deputado federal pelo MDB. Na Câmara, votou pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff; presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e esteve à frente do colegiado durante a análise de denúncias contra o ex-presidente Michel Temer.
Está no primeiro mandato como senador, função para a qual foi eleito em 2018, mesmo ano em que se filiou ao DEM. É o atual presidente do diretório mineiro da legenda; e, no Senado, foi líder do partido. Nas eleições de 2018, Rodrigo Pacheco declarou à Justiça Eleitoral ter R$ 22,8 milhões em bens.
