O Ministério da Educação inaugurou no início deste mês, em Monte Alegre, município do Baixo Amazonas, o primeiro prédio do campus da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), que foi a primeira instituição pública com sede no interior da Amazônia, implantada há 15 anos. A obra com investimentos de R$ 6,6 milhões, entre recursos do MEC e emendas parlamentares, entre elas, uma indicada pelo senador Jader Barbalho (MDB), que foi o precursor, na época em que governou o Pará, da descentralização de campus de universidades para ampliar a oferta de cursos superiores para quem vive em cidades mais afastadas dos grandes centros urbanos.
“Sou claramente a favor da educação pública e gratuita, acho que ela é fundamental em todos os sentidos, desde a possibilidade de ascensão social, como também pelo papel do Estado nessa educação, pelo seu papel de referência”, defende o senador.
Jader Barbalho tem, ao longo dos anos, indicado emendas parlamentares para ampliações e melhorias nas universidades públicas federais. As emendas feitas ao Orçamento Geral da União, são propostas por meio das quais os parlamentares podem opinar ou influir na alocação de recursos públicos em função de compromissos políticos que assumiram durante seu mandato, tanto junto aos estados e municípios quanto a instituições.
Neste ano, o senador comemorou o anúncio feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre a inclusão do município de Rurópolis no investimento de R$ 5,5 bilhões em recursos do Novo PAC que será usado para a criação de dez novos campi, e no Pará a cidade escolhida foi Rurópolis, após solicitação feita pelo senador ao ministro da Educação, Camilo Santana.
“Na minha vida pública sempre mantive a educação como prioridade. E continuarei atuando em defesa de mais recursos para o ensino público e valorização dos profissionais da educação. Quando governei o Pará, levei o ensino universitário para o interior, criei a Universidade do Estado do Pará (UEPA) e essa é uma das minhas principais metas: poder levar o ensino universitário gratuito e de qualidade aos jovens paraenses”, lembrou o parlamentar.
O novo campi de Rurópolis vai oferecer seis cursos, para cerca de 2.800 estudantes. Para isso, serão contratados 388 servidores para a unidade. As localidades que vão receber novos campi foram definidas tendo como finalidade a ampliação da oferta de vagas em regiões com baixa cobertura de matrículas públicas na educação superior. A ampliação vai resultar em 28 mil novas vagas para estudantes de graduação em todo o Brasil. Serão investidos R$ 60 milhões para implantação de cada novo campus. Deste valor, R$ 50 milhões serão destinados às obras e R$ 10 milhões para aquisição de equipamentos.
CRIAÇÃO DA UFOPA
Criada pela Lei nº 12.085, de 5 de novembro de 2009, a Ufopa tem sede no município de Santarém, terceira maior cidade do Pará e mundialmente conhecida por suas belezas naturais, com destaque para o encontro das águas dos rios Tapajós e Amazonas.
A criação da Ufopa faz parte do programa de expansão das universidades federais, além de ser fruto de um acordo de cooperação técnica firmado entre o MEC e a Universidade Federal do Pará (UFPA), que previa a ampliação do ensino superior na região amazônica. Isso foi possível graças à atuação de Jader Barbalho quando governou, por dois mandatos o Estado do Pará.
O senador lembra que a Ufopa surgiu da incorporação do campus de Santarém da UFPA e da Unidade Descentralizada Tapajós da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), que mantinham atividades no Oeste paraense.
A Ufopa incorporou, ainda, outras unidades da UFPA e da Ufra para a formação dos campi de Alenquer, Itaituba, Juruti, Monte Alegre, Óbidos e Oriximiná. Em Santarém, a Ufopa mantém suas atividades, atualmente, em duas localidades: Unidade Rondon, no bairro Caranazal, e Unidade Tapajós, no bairro Salé.
A instituição formou, ao longo de uma década e meia, quase 9 mil egressos, sendo 7.932 profissionais graduados e mais de mil pós-graduados. Hoje, a universidade conta com um contingente de 8.663 alunos de graduação, a maioria oriunda de escolas públicas da região, e de 1.287 da pós-graduação. Por meio de processos seletivos especiais, a Ufopa promove o ingresso anual de estudantes indígenas e quilombolas.