Jader Barbalho - Jader pede ao MEC mais vagas para ensino profissional no Pará

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Jader pede ao MEC mais vagas para ensino profissional no Pará

Os cursos técnicos profissionalizantes aceleram a entrada do aluno no mercado de trabalho além de suprir cada vez mais a crescente demanda por mão de obra especializada e qualificada que hoje o país necessita. Na semana passada o governo federal publicou a Portaria nº 524 autorizando a criação de 515 novos cursos técnicos em instituições privadas de ensino superior com a criação de 645 mil novas vagas nessas instituições, 34.742 delas em 10 municípios do Pará, que já estão sendo oferecidas aos estudantes interessados.

Foram abertas vagas para os cursos de Técnico em Contabilidade, Técnico em Recursos Humanos e Técnico em Marketing, nos municípios de Bragança, Goianésia do Pará, Viseu, Breu Branco, Capitão Poço, Mãe do Rio, Tomé-Açu, Baião, Castanhal e Belém. Desde 2017, o senador Jader Barbalho (MDB-PA) vem defendendo junto ao Ministério da Educação a necessidade de criação de mais cursos de capacitação técnica para estudantes da região Norte, como é o caso do Pará.

“Os cursos técnicos de nível médio são de suma importância, pois são destinados para pessoas que tenham concluído o Ensino Fundamental ou estejam cursando ou tenham concluído o ensino médio e, dessa forma, já possam sair capacitados e com uma profissão definida, o que representa uma enorme diferença para o futuro de milhares de jovens”, defendeu o senador.

Ao encaminhar um ofício ao ministro da Educação, Milton Ribeiro no qual parabenizou o governo federal pela abertura de novas vagas de ensino técnico profissionalizante, Jader Barbalho aproveitou para solicitar ao ministro a abertura de mais cursos técnicos de nível médio no Estado do Pará, “principalmente nas instituições de ensino públicas, nas áreas  de Técnico em Radiologia, Técnico em Geologia, Técnico em Mineração, entre outros, possibilitando a diversificação de profissões”.

De acordo com o senador, a medida tem um potencial expressivo para aumentar a oferta de educação profissional e tecnológica, já que o censo escolar de 2019 apontou 1,8 milhão de estudantes nessa modalidade de ensino.

No Pará, o número total de matrículas da educação profissional cresceu 3,2% de 2015 a 2019, chegando a 46.817 matrículas em 2019. Em relação ao ano de 2018, o número de matrículas da educação profissional subsequente ao ensino médio cresceu 3,4 %, de acordo com o Censo Escolar 2019 divulgado pelo Inep. Essas matrículas estão principalmente concentradas na rede privada, com 44,1%, seguida da rede estadual com 31,1%. Na rede municipal, 30% dos alunos estão matriculados em cursos profissionalizantes.

Outro dado levantado pelo Censo é de que a educação profissional é composta predominantemente por alunos com menos de 20 anos, que representam 41,3% das matrículas. Nessa mesma faixa etária, os alunos do sexo feminino são maioria, representando 54,3% das matrículas.

Na opinião do senador Jader Barbalho, o Censo Escolar 2019 reforça a necessidade de criação de mais cursos profissionais nas escolas públicas, uma vez que mais de 44% das matrículas estão na rede privada. Ele destacou as ações do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).

 “Tenho absoluta convicção de que os cursos técnicos são de fundamental importância para que os jovens possam aprender novas profissões e evitar a evasão escolar, que ainda é um dos grandes problemas da educação brasileira” lembrou.

No Brasil, apenas 8,4% das matrículas do ensino médio estão articuladas a cursos de formação técnica. A porcentagem está aquém de países europeus, onde cerca de 40% das matrículas recebem essa formação. “Temos que mudar essa realidade. Quando o jovem não tem acesso à formação técnica, mesmo que sonhe com o ensino superior, a rigor está comprometendo a sua perspectiva de futuro”, alerta Jader Barbalho.

O Governo do Estado do Pará disponibiliza cursos técnicos nas Escolas de Ensino Técnico do Estado do Pará (EETEPA) nas modalidades Integrado e Educação Profissional de Jovens e Adultos (Proeja).

Com duração de quatro anos, o Nível Médio Integrado é exclusivo para o candidato que já concluiu o Ensino Fundamental e com idade abaixo de 17 anos e 11 meses completos até a data da matrícula. Já o Proeja é voltado para pessoas com idade mínima de 18 anos que tenham concluído o Ensino Fundamental até a data da matrícula. O curso tem a duração de três anos.

As escolas de ensino técnico já têm mais de 15 mil alunos matriculados em 116 cursos. Entre eles os de Técnico de Meio Ambiente, Técnico de Informática, Técnico em Administração, Técnico em Enfermagem, Técnico em Agropecuária, Eventos, Marketing, entre outros.

Já o governo federal oferece o Mediotec, uma espécie de extensão do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) que oferta formação técnica e profissional em tempo integral para estudantes do ensino médio.

A ideia é que alunos possam ter educação de base e educação técnica simultaneamente. Além disso, os estudantes que fazem o curso técnico podem fazer estágios em empresas mapeadas.

É executado em parceria com a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT) e as Redes Públicas Estaduais e Distrital de Educação (RPEDE), além das instituições privadas de ensino técnico de nível médio.

As vagas são definidas a partir da metodologia adotada na Bolsa Formação com o mapeamento das demandas do mundo do trabalho e renda, inclusive considerando as prospecções de crescimento econômico e social das regiões do país, proporcionando maior sinergia entre esses cursos e as demandas.