Jader Barbalho - Jader apela ao governo por verba para manter Emilio Goeldi e INPA

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Jader apela ao governo por verba para manter Emilio Goeldi e INPA

As duas mais antigas e respeitadas instituições de pesquisa da Amazônia pedem socorro. O Museu Paraense Emílio Goeldi e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia vêm sofrendo constantes cortes e contingenciamento de orçamento por parte do governo federal. Não há renovação no quadro de especialistas, uma vez que mais de 50% dos pesquisadores das duas instituições estão prestes a se aposentar ou já concretizaram a aposentadoria. As bolsas de pós-graduação foram suspensas. A situação é alarmante, como alertou a coluna RD do Diário, no último dia 19 de novembro.

Preocupado com o desmonte das duas principais instituições voltadas para o estudo científico e pesquisas sobre a Amazônia e sua biodiversidade, o senador Jader Barbalho (MDB) fez um apelo ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro e ao ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes para que mantenham investimentos nas duas instituições.

“Pela importância que o Museu Emílio Goeldi e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) representam para as pesquisas do bioma amazônico, solicitei ao governo federal, por meio do presidente da República e do ministro da Ciência e Tecnologia, pasta a qual as duas instituições estão vinculadas, que autorizem a abertura de vagas para repor a enorme quantidade de pessoal qualificado que se aposentou”, informou o senador Jader.

O parlamentar também solicitou que fossem retomadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) as bolsas de pós-graduação e apoio ao desenvolvimento científico na região amazônica.

“Enfrentamos um momento crucial para a nossa região e o risco de fechamento desses dois importantes institutos de estudos e pesquisas representa uma ameaça real à proteção da floresta. É fundamental que a presença do Estado brasileiro na Amazônia Legal venha contribuir para melhorar a capacidade de produção e comunicação do conhecimento, formação de pessoal especializado e de colaboração junto a gestores, setores produtivos e comunidades”, ressaltou Jader Barbalho.

APRIMORAMENTO DO CONHECIMENTO

Desde a sua fundação, em 1866, em Belém, o Museu Paraense Emílio Goeldi concentra suas atividades no estudo científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, bem como na divulgação de conhecimentos e acervos relacionados à região. Sua missão é realizar pesquisas, promover a inovação científica, formar recursos humanos, conservar acervos e comunicar conhecimentos nas áreas de ciências naturais e humanas relacionados à Amazônia.

Já o INPA, criado em 1952 com a missão de gerar e disseminar conhecimentos e tecnologias e capacitar recursos humanos para o desenvolvimento da Amazônia, tem a finalidade de realizar estudo científico do meio físico e das condições de vida da região Amazônica, tendo em vista o bem-estar humano e o clamor da cultura, da economia e da segurança nacional.

Reconhecido pela comunidade científica nacional e internacional e pela sociedade brasileira, pela relevância de suas pesquisas sobre a Amazônia, o INPA é hoje a principal instituição de estudo da biodiversidade amazônica, que tem grande importância para as indústrias de todas as áreas, principalmente para a área da saúde.

“Quando o governo volta seus olhos para o aprimoramento do conhecimento, mira em um futuro bem-sucedido, de descobertas fantásticas para o bem-estar social, aspecto que os países com os melhores índices de desenvolvimento do mundo vêm buscar na nossa rica Floresta Amazônica”, lembrou o senador no documento encaminhado ao presidente Bolsonaro e ao ministro Marcos Pontes, onde pediu socorro, em nome de toda comunidade científica do Pará e da Amazônia, para as duas importantes instituições.